26 junho, 2014

The Royals-Capítulo 1 (Convencer Seus Pais Um Dia Dá Certo)

Sam  
         Desci as escadas formosas de vidro do castelo delicadamente, ou seja, quase pulando de dois em dois. O vestido de tamanho médio não dificultava, diferente dos saltos agulha. Que se dane. 
         Meus pais já estavam na mesa de jantar, no salão. Sentei em um lugar qualquer e olhei para meus pais, esperando deles uma iniciativa de começar a conversa. Eles haviam me chamado para “ter uma conversa”, palavras de minha mãe. 
-Samanta... acho que sabe o porquê de a chamarmos, além do próprio jantar, obviamente. –Agora ela estava falando minha língua! 
-Não. Na verdade, não tenho a mínima.  
-Sabe o colégio real? –Foi a vez de meu pai.  
-Sei. –Óbvio que eu sabia, que pergunta idiota! Todas as crianças, adolescentes e jovens sonhavam com aquele lugar, independente se tem sangue azul ou não.  
-Conseguimos, filha! Você vai estudar lá! –Minha mãe sorriu, mas eu quase deixei meu estômago aparecendo de tão largo que era o meu sorriso. Mal podia acreditar! 
-Como? Disseram que não conseguiriam pagar! –Lembrei. 
-Demos um jeito... –Meu pai deu uma piscadela, o que quer dizer “Tudo sob controle, tudo ok”. Nem jantei, subi correndo para meu quarto e quase pulei de encontro a minha cama. Meu quarto não é muito príncesistico (derivado da palavra princesa, significado: Coisa de princesa), mas não quer dizer que não tenha tons de rosa. Luzes completamente modernas, uma cortininha com frases que gosto, uma televisão... moderno mesmo, tudo com controle remoto! Sério, somos uma família da realeza, sangue azul correndo nas veias, mas somos modernos, ok? 
         Meu sonho era ir para a Royal Academy, a academia real, a escola dos nobres mais requintados de famílias mais elogiadas de todo o mundo! Meu e de... ADELAIDE! Minha BFF, ela era uma princesa também, só que os pais delas era “de bem com o capital”, como diz meu pai. Só o Rei James de Candelaria (Qual é o problema do fundador desse reino, céus!) mesmo! 
         Peguei meu celular (um Galaxy SAlgumaCoisa) e liguei para Addie (Adelaide é esquisitinho...) 
Eu: Addie?  
Ela: Eu, que foi guria, você só me passa WhatsApp, resolveu ligar? 
Eu: Fica quieta, encosto, deixa eu falar! (Gente, eu adoro essa menina, nós fazemos isso mesmo, amizade de gato e cachorro é assim...) 
Ela: Fala então. 
Eu: Sabe quem vai para Royal Academy?  
(Um minuto de silêncio) 
Ela: OHMYGOSH!!!!!!!!!!! COMO SABE? 
Eu: Meus pais me contaram na hora do jantar! 
Ela: Sério? Pelo Rei Arthur, que vida loka essa hein? Imagina quantas garotas pebleias e princesas mesmo devem nos invejar nesse exato instante? 
Eu: Milhões de milhares! E a vida é assim, bem loucona! 
Ela: Ah... eu não posso ir... 
Eu: Por que? Ela: Meus pais me matricularam na Internato Mademoiselle Rosette Para Jovens Princesas, lá em um lugar perdido nos fins do mundo chineses. 
(Um minuto de silêncio) 
Eu: Ainda vamos nos ver, certo? 
Ela: Era para te falar antes, vou para o internato semana que vem, o castelo está uma confusão graças a visita da minha madrinha amanhã, ou seja...No chance!  
(Mais um minuto de silêncio) 
Eu: Vou sentir sua falta.  
Ela: Acha que não vou sentir a sua? Eu: Vamos nos ver nas férias? 
Ela: Depende, eles só te deixam entrar de férias se se comportou. Se teve três ou mais advertências, fica. 
Eu: Se comporte muito bem, mocinha! Quero te ver, ouviu? -Banquei a mãe protetora. 
Ela: Com toda certeza, senhora! Também quero te ver!  
(Risos) 
Eu: Mas esse não é um "adeus", é? Ela: Claro que não! Vamos nos falar mais vezes, se tudo der certo! 
Eu: Supondo que vai dar tudo errado, boa sorte no internato! 
Ela: Boa sorte na escola dos sangues-azuis, cara princesa de Candelaria! Vai precisar! -Rimos mais um pouco, nos despedimos e desligamos. 

Adelaide era minha melhor amiga desde os três anos, nós somos amigas estilo "cão e gato", nos adoramos mas brigamos. Tô dizendo... 
Fiquei olhando para o suporte das luzes colorido, imaginei como seria a escola. Será que andaríamos de pégaso, como imaginamos com cinco anos? Ou então teríamos aula de moda, aos oito? Talvez teríamos bailes em que seríamos disputadas pelos garotos, como aos dez? Quem sabe, lá dentro teria um shopping, como fantasiamos aos treze? Talvez, nunca se sabe.  
E meu aniversário? Tenho quatorze anos, farei quinze dia quatro de julho, estamos em janeiro. Meu pai dizia que eu nasci no dia dos Estados Unidos, um dia vitorioso. Teria de tudo para ser uma guerreira e mudar a visão do mundo para alguma coisa, mas o que eu faria afinal?  
Quem sabe eu descubra na Royal Academy... 

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