08 janeiro, 2015

Believe - Mineradora Cristal (Capítulo 8 )


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Bem, eu postei esse capítulo no Nyah faz tempo, mas estou postando somente agora por aqui. Espero que gostem do capítulo, fiz ele com muito carinho para vocês! 






— Como você sabe que ela está presa lá? Não te falei nada. — notei essa "falha" de Katie. Ela paralisou por alguns segundos, mas logo respondeu.

— Eu sei como funcionam as coisas lá, Lia. — tentou se justificar.

— Hum. — ela sabe como funcionam as coisas lá? O que quis dizer com isso?

— Eu estou falando sério! — a voz dela ficou estranhamente estridente.

— Mas eu não disse que duvidava! — rebati.

— Foi o que pareceu! — ela cruzou os braços. Me lembrou vagamente uma criancinha pirracenta.

— Ninguém nunca te ensinou que nem tudo é o que parece ser? — Katie respirou fundo, descruzou os braços e falou por fim:

— Sim, já me falaram isso. Me desculpe por isso. — vou fingir que isso foi normal.

— Não, tudo bem. — os anos morando na rua me ensinaram a tratar bem pessoas que fazem coisas estranhas desse tipo.

Ela colocou novamente os fones e colocou uma música para tocar. Olhou fixamente para a janela, ou melhor, para fora dela. Não sei como alguém conseguiria olhar para uma janela sem visualizar o lado de fora.

— Já estamos chegando. — ela disse. Sua voz tinha voltado ao normal.

Eu estava me sentindo estranha. Digo estranha porque não sabia o que sentia... era quase um nervosismo... ansiedade. Essa era a palavra certa. Me sentia ansiosa em relação a tudo que acontecia, além de não saber o que fazer quando chegarmos na mineradora. Ok, eu tinha planos de resgatar Catarina, tudo bem. Mas como eu faria isso?

Katie de alguma forma sabe como funcionam as coisas por lá e diz que isso é impossível, que eu não conseguirei resgatar ninguém. O que eu vou fazer?

O ônibus parou com um solavanco. A loira se levantou, guardou os fones dentro de sua bolsa cor de rosa e virou-se para mim:

—Você vem? — Me levantei tão repentinamente que quase caí. Não, imagine... eu vim da cidade para o fim do mundo encontrar Catarina e não vou sair. Pergunta esperta, viu?

Descemos do ônibus e realmente pude confirmar: estávamos no fim do mundo. O asfalto acabava ali, em seguida tinha uma estrada de terra quase sem fim. O ônibus deu ré para o lado e conseguiu dar a volta para retornar à cidade (levantando muita poeira). Para onde você olhava via mato, mato e mais mato.

— Vem... ainda temos que andar um pouco! — Katie foi seguindo para a estrada de terra.

Ao contrário do que imaginei que ela faria, não tirou seus tênis pink da Vans e pouco se importou ao afundá-lo na lama. A segui, meio perdida.

O céu estava nublado e o tempo fresco, o que facilitou bastante a caminhada. Parecia ter chovido há pouquíssimos dias, já que a estrada de terra estava bem barrenta. “Por que eles escondem tanto esse lugar?”, pensei rapidamente. Me senti uma tonta: era óbvio que eles escondiam a droga de mineração porque usavam trabalho em condições ilegais.

Katie cantarolava uma música baixo, porém o suficiente para eu conseguir ouvir o ritmo da música. Soava levemente familiar, então logo perguntei:

— Que música é essa? — ela parou para tirar um pouco de barro do tênis.

— Eu não sei o nome. Ela é bem assim: “Quando a noite vem e o sol tem que ir, muitas coisas acontecem não muito longe daqui. Perto da árvore onde o vento parece residir, a velha então espera a esperança vir.” — um flashback veio em minha mente e então lembrei do dia em que três meninas passaram por mim cantando essa música e eu anotei em um papel que só Deus sabe onde está.

— Eu conheço essa música. — disse a ela, que deu uma risadinha.

— Eu não conheço alguém que não saiba! Essa música, que originalmente era poesia, é muito velha e os pais cantam para as crianças. — senti um aperto no peito, lembrando de meus pais.

— Como vamos entrar lá? — perguntei, procurando mudar de assunto.

— Deixa comigo, tenho tudo sobre controle! Palavra de escoteiro! — ela deu uma piscadela. Eu tive que rir, foi realmente engraçado. Não é todo dia que metidinhas são simpáticas.

Depois de um tempo andando, se aproximamos de um lugar com várias... hum, casinhas humildes. Tinha vários morros e montanhas por perto e um mega casarão colonial. Na nossa frente, um portão grande, de metal um pouco enferrujado, mas com os dizeres “Cristal Minerações” claramente grafadas em cima. Dois homens vestidos com um uniforme esquisito guardavam o portão. Nos aproximamos mais um pouco e os dois logo informaram o obvio:

— Entrada proibida. — Katie logo pegou seu celular e discou.

— Pai? Oi pai, sou eu. Tem dois.... hã... dignos guardas aqui e não me deixam entrar. — ela realmente falou “dignos” sarcasticamente. Logo, um celular vibrou. Era o de um dos guardas, que verificou e virou-se para nós, informando de má vontade.

— Entrada liberada. — e abriram o portão. Parecia bastante pesado.

— Vem! — Ela entrou me puxando pelo braço. Logo que coloquei meus pés e entrei em volta, soube realmente do que Cat estava falando. O lugar era realmente horrível, crianças pequenas trabalhavam duramente e idosos também.

— Nossa. — Foi tudo o que pude dizer.

— Eu preciso ir falar com meu pai, se importa em esperar aqui fora? — Balancei negativamente a cabeça.

POV KATIE

Lia parecia bem impressionada com a forma que as coisas funcionam aqui. Eu também ficava, mas me acostumei.

Corri depressa para o casarão, onde meu pai me esperava. Entrei logo perguntando por ele.

— Está no escritório. — uma das empregadas me informou.

O escritório era uma das salas mas escondidas de toda a casa. Assim que cheguei lá, bati na porta levemente. Ele me disse para fazer isso quando fosse lá, porque poderia estar tratando de negócios.

— Entre! — Ele autorizou. Sorri brevemente, fazia quase um mês que não o via. Entrei e estranhei a cena: meu pai estava sentado normalmente em sua cadeira de escritório. Porém, uma mulher forte, que reconheci como a chefe dos guardas, segurava uma menina algemada. A garota parecia ter a minha idade, tinha cabelos claros e olhos castanhos. Era bem pálida, ou talvez fosse nervosismo. Usava um casaco roxo e calça preta, nos pés um tênis de caminhada azul. Lancei para meu pai um olhar de “O que está acontecendo?”, que logo foi respondido.

— Te chamei aqui, Katie, pois quero que participe de um julgamento.

— Julgamento? — eu lá tinha cara de advogada ou coisa assim?

— Sim, um julgamento aqui na mineradora.

— Dela? — perguntei olhando para a garota.

— Exatamente. Ela deverá ser julgada por ter se comunicado através de cartas com uma pessoa de fora da Cristal. — ele se levantou — Quero que participe do julgamento de Catarina Jones.



Capítulo por

2 comentários:

  1. GABI DO CÉU, PRECISO SABER COMO FAZ ESSES TEMPLATES! SÃO DE MATAR *-*
    Não vou ler esse capítulo porque não quero spoilers, haha.
    Beijão,

    lucyintheskywithbooks.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. ESSE LAYOUT DO PLL <3
      Eu faço um pra você, quer? Manda um email ou uma mensagem no Face.. na verdade, preciso saber seu Face (só sei o do LC)! Whatever, você está lendo Believe? OMG! Já leu quais capítulos?

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