Querido diário... Será certo começar assim? Bem, pelo que vi na internet, é assim que se começam diários. Mas que tipo de pessoa vai lá no Google e procura: "Como escrever um diário"? Qualquer um já escreveu um diário, qualquer um sabe. Menos eu, obviamente, ao contrário não pesquisaria. Nunca escrevi um diário em todos os meus treze anos, nunca nunquinha, chega a ser estranho. Mas vamos começar do jeito que eu achar melhor...
Então, seja lá quem estiver lendo esse diário. Como está hoje? Eu vou péssima, como sempre. Meu nome é Vitória, muito prazer, tenho treze anos e sou gaúcha. Legal. Resolvi escrever esse diário porque não confio suficientemente em alguém para contar o que aqui está escrito. Em um dia na casa da minha avó (na verdade, algumas horas apenas, minha mãe viajando a trabalho), achei um caderno em branco, um pouco velho e um pouco amassado, nada que meus "poderes mágicos" não pudessem resolver. Não, não são poderes mágicos de verdade, é só minha capacidade de fazer certas coisas, como conseguir derrubar uma latinha de Coca-Cola levando ela da cozinha até a sala anexa. Sou super equilibrada, não acha? Mas eu realmente consigo fazer coisas inacreditáveis, tipo desamassar completamente um caderno completamente amassado, ou então entortar o cabo de uma panela de pressão (fiz isso com nove anos, cozinhando feijão a pedido (obrigação) de minha amada (nem tanto) mãe.). Resolvi que seria o meu diário.
Não sou nenhuma princesa, a garota mais popular da escola que se apaixona pelo nerd e muda totalmente por ele, nem ao contrário. Não mudaria por ninguém, nem se eu mesma quisesse. Não nessa rapidez e de maneira espontânea como essa.
Eu odeio escola. Não sou aqueela fã de estudar, mas gosto muito de certas matérias. Eu odeio escola porque é o meu inferno. Deus me julgue seu um dia eu fiz algo, mas não essas loucas de lá. Zoação ali, piadinha ali, soco aqui, chutão ali, tropeção aqui, empurrão ali... isso tudo porque sou a "nerd". Não me arrisco a perguntar o porquê de ter esse "adorável" título, se nem nerd sou. Nunca fui.
Quando eu tinha uns nove anos, minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama, para acabar com o pouco de controle que eu tinha. Meus pais são separados, meu pai casou de novo, tenho uma irmã de sangue, uma meia-irmã e uma irmã por parte de pai. Todas mais novas. A de sangue, a mais popular de sua escola. A meia-irmã, a melhor nadadora da escola. A outra ainda tem três anos, mas já é a mais queridinha entre as criancinhas de sua idade. E eu sou o que? A derrota da família, quem sabe...
Ei?Está Otimo em?Não sabia que você também escrevia sobre esses temas,me identifiquei com sua escrita.
ResponderExcluirxx.
- Mr.Carina
Que bom que gostou!
ExcluirÉ, eu escrevo sim nesse estilo, escrevo realmente sobre basicamente tudo! Se quiser acompanhar, ficaria muito feliz!