O Diário De Vic-Capítulo 3 (A Crise De Asma)

Música: Not About Angels (Trilha sonora de A Culpa É Das Estrelas, vocês vão entender)

Diário...
Acho que o mundo inteiro sabe das minhas crises de asma. Não, o universo inteiro. Se você não sabe, é o seguinte: Desde muito pequena tenho asma, o que me dificulta muito várias vezes. De alguns anos para cá é raro os ataques, não preciso usar a bombinha de ar menos que uma vez ao mês ("Precaução", diz minha avó paterna).

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Já era sábado, Deus que me perdoe do resto da semana (que passou mais leve, sem tantas zoações assim), que sejam louvados sexta a noite, sábado e domingo. O problema era que sábado tinha um aniversário de uma prima, ou seja, não poderia ficar em casa ocupada em fazer nada enquanto minha mãe se ocupava em ficar o dia todo jogando buraco na net e falando no celular com o namorado dela (que é lá de São Paulo, mas tudo bem). Minha priminha ia fazer oito anos, ou seja, nada que uma Barbie não resolva. Deixei minha mãe ir comprar, já que não curto isso de ir-no-shopping-pra-comprar-presentes-que-não-são-para-você, fora que as pirigas lá da escola sempre vão ao shopping fim de semana, ou seja, NO CHANCE!

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Fiquei sozinha em casa, eu e aquela peste que eu chamo de gato. Sr. Bigodes não gosta de mim, na verdade, ELE ME ODEIA! Ou melhor, finge que me odeia, sei que no fundo ele me ama. Estava no meu quarto, ouvindo música (Ninguém merece ser só mais um bonitinho... Pitty linda!), resolvi descer para comer alguma coisa (tinha almoçado duas horas, já eram quase seis da noite, a fome estava negra). Assim que desci as escadas e pisei na cozinha, ela veio: a falta de ar. Tossia muito, sem conseguir respirar. Parecia que algo entalava meu nariz e minha garganta, sentia meus pulmões arderem. Já estava ficando tonta, mas lembrei do celular em meu bolso (Regra número 1: Sempre levar celular mesmo que for ao banheiro de sua suíte). Passei rapidamente um Whats App para minha mãe, que também não larga o celular dizendo: Vem logo que a asma atacou aqui...

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Devem ter passado uns dez minutos, minha mãe entrou desesperada em casa. Eu já tinha, com meus "poderes mágicos", pegar a bombinha de ar. Mentira, estava em cima da mesa da cozinha...
Ela me ajudou a levantar devagar, meio sem ar ainda e me ajudou a sair de casa até o táxi que esperava já do lado de fora (Detalhe sobre minha mãe: Ela não dirige), logo reconheci o taxista muito amigo de minha família.
Assim que chegamos no hospital e fomos para a ala de emergência, fomos logo atendidas e me levaram as pressas para o PA, ou seja, aquela salinha das pessoas que ão foram internadas mas ficam de maca. A doutora Mariana, minha médica geral, logo chegou e minha mãe explicou a ela o que havia acontecido. Como imaginei, a médica conversou em particular com ela e me passou uns quinhentos exames.

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Finalmente, depois de quase um mês, iria entregar o resultados dos exames. Na verdade, minha mãe não queria que eu entrasse, nem eu.
Ela entrou e fiquei lá na sala de espera. Dez minutos, vinte minutos, meia hora, quarenta minutos...
A porta do consultório se abriu e a médica me chamou. Mostrou um dos meus exames do pulmão, e como eu temia, piscando como árvores de natal.